Primeiro, tudo faz sentido. Você se dá bem com ela, o assunto nunca acaba, ela te prende, te faz rir mesmo quando a coisa é séria. Perto dela, você se sente bem, confortável. É fácil de se relacionar com ela.
Então você descobre que é fácil se apaixonar por essa pessoa.
Okay, talvez isso dê certo, não há problemas. Até que suas amigas começam a reparar em como vocês se olham (e você sabe, mas ainda não quer admitir, que seus olhos brilham quando encontram os dele), a maneira como vocês falam, nas brincadeiras e até elas percebem que algo forte pode rolar. Você decide se deixar levar, você já passou por tanta coisa que isso não pode te matar.
Mas você descobre que ele não pode ficar.
Uma hora esse garoto certo pra você vai ser obrigado a ir embora. Por um momento você se revolta com tudo isso, fica com mais raiva ainda quando descobre os motivos. Nem é culpa dele, na verdade.
Você decide buscar o pouco da sua fé que ainda resta para implorar à Deus que ele fique. É tudo o que você quer no momento. Você acredita de verdade que isso vai dar certo.
Quando você menos espera, descobre que há uma pequena chance dele poder ficar e que pode isso pode ser fácil. Isso te anima, sua fé aumenta, você acredita mais ainda, mas sabe que é perigoso se apegar demais, nada é certo ainda, você não pode se animar.
É inevitável não se animar. Você sabe que as coisas ainda podem dar certo. Você quer acreditar nisso, mas sabe que não pode.
E você se pega perguntando por que tudo isso é tão importante. Fecha os olhos e reflete por um momento, volta a pensar em quando estão juntos, um ao lado do outro, brincando como sempre fazem, rindo e a lembrança dos olhos dele faz com que algo se debata em seu estômago.
E você decide abrir os olhos, decide que vai se machucar de novo, que não tem nada a perder, que vale a pena tentar.
Você assume que está apaixonada, mesmo sabendo que a pessoa certa chegou no momento errado.
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